GP de Monza


Assisti pela TV o GP da Itália de 1972, disputado no circuito de Monza. Emerson Fittipaldi poderia ser campeão por antecipação daquele ano se vencesse em Monza (e venceu, tornando-se o primeiro brasileiro campeão de F1). A TV Globo fez a transmissão com Jorge Curi (aqui), um locutor de futebol da Rádio Globo do Rio de Janeiro. Flamenguista, Curi repetia “ad eternum” que o capacete de Emerson era rubro-negro. Eu, nos meus 13 anos, e já um torcedor de Fórmula-1 que conhecia os pilotos pelos seus capacetes, me indignava duplamente: por não ser flamenguista e por saber que o capacete do Emerson era azul escuro e vermelho. Aí começou minha bronca com os narradores de Fórmula-1 até os dias de hoje, incluindo o da TVG que fez a narração hoje (07/09/2014) como se uma corrida de Fórmula-1 na TV precisasse de gritos e a descrição da emoção de uma tentativa de ultrapassagem que a gente está vendo em TVs de alta definição e tamanho considerável. pumft! :-P

Monza também me marcou na temporada de 2007, quando estreava na Fórmula-1 Lewis Hamilton. Os locutores e comentaristas da TVG sempre trataram Lewis como um piloto menor. Eu me encantei com Hamilton na primeira curva da primeira corrida que ele fez na categoria (aqui). Escrevi isso aqui. Mas foi somente no GP de Monza daquele ano que o time da TVG deu o braço a torcer, quando o comentarista falava que se Hamilton e Raikkonen corressem em dois circuitos paralelos, Hamilton passaria o finlandês, mas… aí completa o expert locutor: “Chegar é uma coisa, passar é outra”. O resto da história está descrito aqui.

Imagem: Como Vettel vestindo seus cinco títulos mundiais.

Como Vettel vestindo seus quatro títulos mundiais.

Hoje assistimos novamente o GP da Itália no fabuloso circuito de Monza. Hamilton provou ser muito mais piloto e estar muito mais equilibrado que seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg. Apesar da péssima largada (nem sei ainda o motivo dela), Hamilton terminou de forma espetacular na primeira posição. Monza hoje também consagrou, para quem quis ver, o simpático e risonho australiano Daniel Ricciardo. Que pilotaço! No ano de estreia em uma grande equipe, ele dá poeira no tal tetracampeão de araque Sebastian Vettel. Assim como Hamilton em 2007, seu ano de estreia, chegou na frente de Fernando Alonso, seu companheiro de McLaren, e um dos maiores pilotos que vi correr na Fórmula-1.

A Fórmula-1 de hoje é muito mais chata que a de 40 anos atrás. Dá muito mais valor ao carro que ao piloto, e sou old school, para mim o piloto é o centro de tudo. Mas paixão é paixão. Reclamando ou resmungando com os narradores, não consigo deixar de lado as transmissões e acompanhar cada campeonato no detalhe. E tudo começou com o filme Grand Prix em 1968 (aqui).

Go Lewis! o/

P.S. Torcedor de F1 é um apaixonado por corridas, carros e pilotos. Por isso a atitude de Rosberg em Spa tirando Hamilton da corrida ainda repercutiu em Monza, com mais uma vaia do público presente para o alemão da Mercedes no pódio (aqui). Ele mereceu. :-P



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