No meio das Olimpíadas, Brasil país das melancias!


Lucimara Silva, heptatlo. É do Brasil!As Olimpíadas não são mais uma disputa dos modelos que duelaram na Guerra Fria, até os lamentáveis boicotes de EUA e URSS em Los Angeles (1980) e Moscou (1984). São hoje, sim, uma indústria fantástica que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. Muito mais em determinadas partes do mundo do que em outras, nós aqui inclusos.

Olimpíadas não são esportes-saúde. Isso eu tento fazer nas longas caminhadas no Parque do Flamengo e os japoneses, com o Tai Shi Shuan. Olimpíadas são esportes-competição, que deformam, que trazem dores, que definitivamente, transformam as pessoas, mas impõe dedicação e foco. Quantos pequenos Michaels e Marks nadam diariamente nas piscinas americanas para que um Phelps ou um Spitz apareçam de década em década.

Não são as medalhas de ouro que me atraem nessa história de esporte-competição, mas a quantidade de gente que vive ao redor dessa indústria. Quantos técnicos, preparadores físicos, médicos, massagistas, roupeiros, boleiros, serventes, guardadores de carros, lavadeiras, passadeiras, jornalistas e até blogueiros ganham o sustento de uma vida por conta das cobiçadas medalhas e fama mundial.

Depois de meia Olimpíadas, nossa única medalha de ouro foi de um atleta que é sustentado pelo “colonialista” capital ianque. César Cielo Filho tem bolsa da Universidade de Auburn, no Alabama. Que curso ele faz? Sei lá. Isso é o menos importante para eles. Para a direção da universidade, o que importa em sustentar Cielo, é que ele já competiu 7 vezes no campeonato norte-americano fazendo parte da Auburn Tigers Swimming and Diving Team (os “fuderosos” das piscinas daquela instituição). Foi campeão em seis oportunidades e é o recordista dos Estados Unidos nos 100 e 200 metros nado livre.

Ao redor de Cielo, nos EUA, várias pessoas vivem empregadas e recebem salários, alguns muito bons. Ao redor de Cielo, aqui no país da melancia, o chefe do palácio da fantasia, fará uma festa para celebrar a medalha de ouro do Brasil que foi gerada no ventre norte-americano e com a droga do dólar americano. Para quem mesmo importa isso hoje? Sei lá.

Festejemos macacada! Afinal foi nosso judoca que se aproveitou do vacilo do parceiro português e “traçou” a portuguesinha numa bobeira do lusitano. E não me venham com essa história de beleza escandinava, nossa melancia é a mais formosa de toda a Pequim Olímpica.

Viva o Brasil Olímpico! Vamos trabalhar para a vitória do Rio em 2016! Viva Stanislaw Ponte Preta!



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3 Comentários

  • Spammer Japonês disse:

    Um jogador chamado Comaneci fez um papel ativo uma vez.
    Como as ginásticas rítmicas brasileiras são?
    IP origem 210.128.172.130

    Comentário do Pô, meu!
    Deixei esse spammer babaca publicado só pelo esforço dele de traduzir para o português qualquer besteira e ganhar a confiança de publicação.
    Calma… ele foi publicado, mas tomei alguns cuidados.
    ;-)

  • Uma coisa que me irrita profundamente é a diferença entre o apoio ao futebol e aos outros esportes no Brasil. Há algum tempo, ouvi dizer que a média salarial dos jogadores da seleção brasileira de volei estava em torno de R$ 6.000, contra os R$25.000 de um jogador medíocre de um time paulista.
    É algo lamentável…

    Comentário do Pô, meu!
    Caro Enio,
    Eu particularmente acho que o futebol mundial é uma grande lavanderia um grande business. O que existe é que o mercado para o futebol é maior que para outros esportes.
    Só fico puto ao ver o Sr. Lula criar uma loteria para pagar as dívidas de roubos e rombos dos clubes brasileiros de futebol com impostos em geral.
    ISSO É ROUBO FEDERAL!
    Abração,
    Nelson

  • Sandra Leite disse:

    Geekman, a medalha é sua…

    Seu texto é uma delicada ironia de fazer inveja a muita gente. Como gosto dos seus textos, Nelson…
    Precisa escrever mais (reclamação de fã) pq qdo vem o texto, quando vc gera…é só alegria!

    beijo, campeão

    Comentário do Pô, meu!
    Ô Sandra,
    Que isso?
    Muito obrigado pela força.
    Gosto muito de saber que o meu texto agrada alguns leitores.
    Beijo,
    Nelson

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