Revelando Paraíso Tropical

Não gosto de nada que restrinja a minha liberdade de desistir no meio se não gostar, ou ir até o final sem parar, se me interessar muito. Novela não atende ao segundo requisito de um dos meus axiomas pessoais de liberdade de escolha. Mesmo se estiver gostando, só chegarei no final com paciência para suportar vários meses de exibição. E é aí que o formato da novela mata os autores e atores, haja enrolação para garantir tanto tempo de exibição! Hajam mudanças bruscas para agradar e manter o público!

Mas as pessoas vêem novela. Outro dia li em um artigo do Matthew Shirts no Estadão – eu gosto das opiniões fora dos blogs também ;-) – que o brasileiro assiste novela para ter assunto no dia seguinte. O relacionamento é fundamental para nós. Pois é, tudo isso para dizer que ontem vi um capítulo da novela nobre da Rede Globo: Paraíso Tropical.

Três temas me chamaram muito a atenção: 1) o hacker arrependido e doente, 2) os blogs que fazem sucesso e, 3) o Rod Stewart.

Aquele hacker com crise de abstinência, sozinho, já seria patético. Na verdade, os autores, a rede de tv, sei lá mais quem, maquearam o uso na trama pelo pessoal “do bem”, de uma atividade ilícita. Para não ficar feio, o bandido, com conhecimentos de hacker, estava morrendo de arrependimento. Já imaginaram se a personagem da Pitanguinha ficasse em crise toda vez que voltasse do calçadão? :-D Duvido. Ela gosta! Fora o hacker criminoso e doentinho, ainda tivemos que acreditar que um executivo daquele nível (o que seria espionado), em uma empresa daquele porte, usa um computador de mesa, um desktop, ao invés de um laptop. Hahahahaha. Já tinham demitido o cara por falta de interesse nos negócios da empresa e pouca disponibilidade.

Mais tarde um pouco, lá pela sobremesa, ops, perdão, lá pelo meio do capítulo, foi possível constatar que o Estadão estava realmente errado. O garotão músico montou um blog com conteúdo inteligente (música como ringtones para celular) e foi contratado por uma grande operadora de telefonia. Queria ver o macacão criando uma startup company. Não só de Fredões vive a blogosfera, Estadão. Aliás, vocês poderiam pedir para a Talent, uma campanha mostrando os blogueiros de sucesso, pois eles buscam a informação precisa, criam conteúdo inteligente, que nem o Estadão. Taí, a dica foi grátis e seria um grande viral. ;-)

Por fim, o cafezinho trouxe à lembrança um dos maiores canastrões de sucesso da música pop dos anos 70: o mais humano scotch whiskey das paradas de sucesso… Rod Stewart. Vou colocar ali do lado no Ler Ouvindo o baladão Have you ever seen the rain. Pô, meu! essa embalou muita festinha mela cueca lá na Rua David Campista, 110 (Rio). Bons tempos. :-D

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2 Comentários

  • Vou tentar entrar no debate do estadão hoje, caso estiver em São Paulo, tente passar no WTC.

    A TV nacional não tem conhecimento sobre o estado digital a qual o mundo se encontra, pois colocar um executivo de desktop é o mesmo que manter contato somente por PBX. hahaha

    Abraço.

    Comentário do Pô, meu!
    Fala Helder,
    O debate de hoje só verei se for pela Internet. Estou fora de Sampa e não poderei participar.
    Quanto à tv nacional, ela é canal de mídia e informação, como nossos blogs também são, e todos nós, produzimos para o público que temos ou que queremos ter. ;-)
    Abraços e sucesso,
    Nelson

  • prill disse:

    hahahahahahahaha

    animou pacas minha saideira blóguica! digo logo que assisto novela, religiosamente. é um hábito, é algo que me faz mais mulherzinha, mais besta e me deixa ficar deitada no sofá com a mamãe e os cachorros mas.. realmente é muito nonsense. tortura maior só assistindo novela underground, e em cena de explosão!

    belíssimas falas! engraçadíssimo ver o que vê de fora.
    até mais.

    Comentário do Pô, meu!
    Oi Prill!
    Que bom tê-la por aqui. Só enriquece o Pô, meu!
    Pois saiba de verdade, eu detesto seriados que você vai vendo a história que segue uma linha de continuidade aos poucos, em capítulos. Fora que ainda não consegui me iludir para deixar de ser tão crítico quando os autores de novela me chamam de estúpido com suas tramas. Sei que isso não é bom. Novela é como um drink no final do expediente… é só para relaxar. Mas enfim, quem sabe a velhice não vai me mudar? :-)
    Grande abraço e sucesso,
    Nelson

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