Professorinha é presa…

Antigamente Carlos Zéfiro rulezO título completo era: “Professorinha é presa após fazer sexo com cinco alunos”. Esse era um artigo do blog “Page not Found” do Fernando Moreira (*), publicado hoje no portal do O Globo Online e com direito à chamada na página principal. Independente do que essa matéria possa fazer com nossas lembranças dos 14, 15 anos (nessa idade não tive uma professora de 23 anos tão saidinha), eu vejo dois aspectos que me provocaram.

O primeiro e mais triste (não culpo o Fernando Moreira), é essa nossa mania de chamar a profissional de educação pejorativamente de “professorinha”. Ninguém leva o filho com suspeita de meningite ao pronto-socorro e pergunta se o medicuzinho já deu o parecer. Ou o advogadozinho, dentistinha, e nem mesmo os engenheiros da linha 4 do metrô de Sampa foram chamados de engenheirinhos.

Enquanto a gente não entender a importância da profissão de professor, do quanto é fundamental valorizar esse profissional se quisermos realmente dar uma guinada no nosso futuro pífio de “paisinho” de terceiro mundo. E o primeiro passo é tratarmos os professores e professoras com a dignidade e a importância que essa profissão merece, nunca mais chamando-os de professorinhas.

O outro aspecto que me chamou a atenção é o quanto é falsa e artificial a moral norte-americana. Tudo bem se fosse aqui no Brasil, nossos adolescentes podem até votar para presidente, mas são ininputáveis legalmente. Se eles não tem maturidade para assumir as conseqüências penais de arrastar um menininho pelo lado de fora de um carro até a morte, também seriam facilmente ludibriados por uma tarada de 23 anos de idade.

Mas faça-me o favor! Nos Estados Unidos, onde um menino de 12 anos pode ser condenado pela prática de crimes, prender a coitada da moça de 23 anos, por acaso “professora”, por ter satisfeito cinco meninos de 14 e 15 anos, é muita sacanagem!

(*) Não coloquei o link porque a Globo não permite copiar para depois colar os textos publicados no seu portal

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