Jenson Button


Barrichello, Brawn e ButtonPouco escrevi esse ano sobre essa paixão que é a Fórmula-1. Desde o início do ano, meu coração me dizia que teríamos em 2009 um daqueles campeonatos que o tempo irá apagando aos poucos, e sobrará somente no Hall da Vitória, em prateleira do canto, escondida, o campeão Jenson Button. Quando comentei o choro do Massa sobre a lambança ética do Piquetzinho, eu encerrava aquele post lamentando que a galeria de campeões como James Hunt e Keke Rosberg ganharia esse ano um novo companheiro: Barrichello ou Button. Para a frustração da torcida brasileira, deu um inglês novamente campeão em Interlagos.

Esse ano realmente sobrará pouca coisa que preste. Primeiro é essa ilusão e mentira, sim mentira, que a BrawnGP é uma equipe estreante. A BrawnGP vinha competindo seguidamente desde 2003 com Jenson Button como um dos seus pilotos. Sim, é verdade. Só que com outro nome, ela se chamava BAR. Depois os japoneses da Honda investiram na equipe e ela passou a ser conhecida como Honda. Quando eles resolveram fechar suas caixas de ferramentas no final de 2008 por conta da crise econômica mundial e se mandar da F1, apareceu o Richard Branson, dono da Virgin com o Ross Brawn e, com um projeto discutível por conta dos difusores, deixou todo mundo para trás até o meio do campeonato.

A história contará que ao final de 2008, depois de uma decisão estonteante na última curva, a crise financeira global acertou um soco na boca do estômago da Fórmula-1. Novas regras que limitavam gastos, pesquisas e testes foram adotadas. Quase que o capeonato começaria com apenas 16 carros no grid. Em cima da hora, os cartolões da F1 “arrumaram” mais duas equipes, uma de um milionário indiano (Force India) e outra de um excêntrico milionário inglês (Brawn GP). A fabricante de motores alemã, Mercedes Benz, motorizaria ambas equipes. O resto vou deixar para os jornalistas que vivem disso e estão dentro desse caldeirão no dia-a-dia contarem. A história um dia, vai contar direitinho como tudo isso se sucedeu, espero.

Para não me alongar muito, até porque não é merecido, o campeão de 2009 até teve um início de carreira que gerou espectativa. Em 2000, quando estreou pela Willians, o britânico Jenson Button fez com que muitos especialistas apontassem que um grande piloto estava surgindo. Mas o tempo foi mostrando que Button só era mais um bom piloto conformado com as limitações de equipamento que tinha nas mãos. É certo que aqueles que apontavam Jenson como futuro campeão, agora podem comemorar o acerto.

Vamos ser frios na análise. As melhores equipes como Ferrari, McLaren, Willians e BMW são as que tem melhores patrocinadores e mais dinheiro para investir, inclusive na contratação dos melhores pilotos. Concordam? Não é difícil chegarmos a conclusão que os cinco melhores pilotos da atualidade estão entre estes oito que pilotam para estas quatro equipes, certo? Pois então, como explicar um final de campeonato que estava sendo disputado por dois pilotos que não fazem parte dessa lista?

Que venha logo o campeonato de 2010! Até porque o príncipe das Astúrias, Don Fernando, el Marrento, estará a frente de um dos bólidos vermelhos. Falando em piloto de verdade, viram o Lewis hoje saindo em 17º e terminando em 3º?
:-P

Antes de terminar, a última vez que um estreante me empolgou na sua primeira corrida foi descrito aqui no dia 18 de março de 2007, no post O Massa é bom.

Comentário do Pô, meu! no Twitter sobre Kobayashi no GP Brasil 2009



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