Idiotas


Nelson Jobim, na época ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, fez homenagem aos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi também ministro, só que da Justiça. Disse Jobim, citando o dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues:

Ele dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento.

O Futuro chegou – (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil 31/08/2009)

Ninguém, se não o próprio Jobim, sabe ao certo quem eram os idiotas a que se referia. Eu tenho minhas dúvidas quem sejam eles.

Está marcado para esta segunda-feira, 15 de setembro de 2014, um ato político comandado pelo líder do PT, Luiz Inácio da Silva, alcunhado de “Lula”. Um abraço simbólico na Petrobrás, na Av. Chile, no Rio de Janeiro, sede da estatal que vem sendo violentamente roubada por partidos do governo, conforme relatos do seu ex-diretor, Paulo Roberto Costa, atualmente preso na Polícia Federal.

Lula e seus asseclas ao abraçarem o prédio da Petrobrás, querem nos mostrar que o “pré-sal e a Petrobrás são nossos” no discurso, deles.

Ao me lembrar do famoso pensamento de Rui Barbosa, que disse:

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

Tenho certeza quem são os idiotas. Não são os que Nelson Rodrigues se referia. Talvez também não os que Jobim imaginou. Idiotas somos nós, que aceitamos tudo-isso-que-está-aí, discordando calados, por conta da patrulha, ou aceitando gritando, em nome da ideologia.

Triste futuro teremos, os idiotas.



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