700 South Wabash


Imagem: Buddy Guy's Legend's ClubVivemos nos lamentando quando gênios morrem. Queremos que estas pessoas especiais vivam para sempre, produzindo sua arte eternamente. É claro que isso é impossível. Mas não deixa de ser uma forma de louvarmos a genialidade de algumas pessoas especiais e lamentarmos que sua produção se acabe com a sua morte. Por outro lado, pouco ou nada comemoramos quando podemos celebrar os 85 anos de idade de um gênio da música. Somos injustos, negativos e reclamões.

Hoje cedo, no Twitter, o Edu Pavão (@EduPavao) tuitou que no dia de hoje, 16 de setembro de 2010, o grande gênio e rei do blues, B.B. King faz 85 anos. Viva B.B. King! Que bom que podemos ainda aproveitar a arte desse gênio! Naturalmente meu Google interno de emoções vividas disparou logo a gaveta de Chicago. Nunca tive nenhum fetiche com Chicago, e a relação automática que tinha com esta cidade norte-americana fazia link com a Lei Seca e o gangsterismo comandado por Al Capone entre as décadas de 20 e 30 do século XX.

Fui à Chicago pela primeira vez para um congresso profissional bancado pela empresa que trabalhava, acho que em 1997 ou 1998. Frio, muito vento, as águas verdes do Lago Michigan que passam nos canais e… paixão à primeira vista. Depois dessa primeira experiência, voltei à Chicago outras 5 vezes bancado pelas milhas acumuladas em dezenas de vôos daqui prali e de lá prá cá, trabalhando. Virei rato de congressos para me atualizar e fazer cursos profissionais. Ou seria só uma desculpa para rever a cidade do vento e do blues?

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Na segunda vez em Chicago, um dos expositores do congresso me deu um convite para uma casa de blues que ficava na rua dos fundos do hotel, a Wabash Avenue. Arrebatador! Nunca mais esquecerei. O Buddy Guy’s Legend’s Club, localizado na 700 S. Wabash Ave é (era? não sei como está hoje – P.S.1) um bar simples, dividido em duas áreas: um grande salão retangular com mesas de sinuca e outro, mais próximo da forma de um quadrado, com mesas e um pequeno palco.

Foi lá no Buddy Guy’s Legend’s Club, bebendo cerveja na garrafa, que o negro blues me hipnotizou e me seduziu para sempre, na voz dos cantores e cantoras que se revezaram e nos choros das guitarras que passaram pelo palco naquela noite tão curta, mas que deve durar para sempre. Salve o rei do blues por estar ainda ativo. Para comemorar, segue abaixo uma de suas grandes interpretações junto com Eric Clapton: The Thrill Is Gone. Vida longa para B.B. king! Enjoy it! ;-)

P.S.1) Este é o novo endereço do Buddy Guy’s Legend’s Club, o antigo, o que eu conheci, era bem próximo, no 754 South Wabash Avenue, mas não havia sentido fazer esta explicação no meio do texto. ;-)

P.S.2) Como é impossível ouvir só uma canção, segue a dica de mais duas: Riding With the King e Rock Me Baby.



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2 Comentários

  • valdir nascimento disse:

    Acho que DEUS abençoa a cada geração,com seus gênios, nós com esses fantásticos negros e seus blues,infelismente eles estão indo,mas não fique triste não Nelson,ainda nôs restam alguns, como esse tal de B.B.King ,que só de sabermos que ainda vive ja nôs deixa feliz ,não é mesmo.
    Você ainda teve o previlégio em conhece-los pessoalmente,até me bateu aqui uma invejasinha.mas tudo bem,fase oque ,um abraço Nelson

  • Concordo com você em gênero, número e grau, Nelson. Podemos nos dar por felizes em acompanhar este magnifico senhor que, mesmo não conseguindo mais se apresentar em pé, não deixa de nos maravilhar com seu talento e arte.
    E eu arrisco dizer que quem falar que não gosta de Blues, deve ser porque nunca ouviu.
    Abraços!

    P.S. (para combinar) – Ainda que seja devagar, estou de volta à net. Com Reflexões e tudo.

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