O xadrez melhorou
- Por Nelson Correa
- 6 abril, 2015
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Esse é um derivado de um post perdido há sete anos. Vou ser mais claro. Escrevi o post inteirinho e o computador deu um suspiro e tudo que estava aberto virou luz, sumiu. Eu fiquei indignado… vale a pena ler o post que escrevi na época, vái lá, eu espero você ler e voltar. Tá aqui: Texto Perdido
Tem tempo não é? Pois é, depois desse tempo todo, tive o imenso prazer de reencontrar meu amigo da faculdade de engenharia, Isak Diamante. Vou aproveitar, meu caro Isak, e contar como a gente era fissurado em um joguinho de xadrez naquela época, entre 1978 e 1980. Havia algumas aulas muito chatas, nada a ver com o curso. Quem nunca teve? Pois é, quem nunca jogou Batalha Naval enquanto a aula chata transcorria?
Eu e Isak não jogávamos Batalha Naval, a gente jogava xadrez sem tabuleiro. Era um papelzinho prá lá (P4R) e outro para cá (P4R). E os papeizinhos eram trocados vigorosamente (C3BR), (B5C), (P4D), (PxP). Até que depois de umas vinte jogadas a gente desenhava um tabuleiro com a posição que deveríamos estar depois de tantos lances. Se ambos concordassem, o jogo seguia na troca dos papeizinhos.
Não sei se você lembra, Isak, mas nessa época fomos assistir ao Interzonal de Xadrez do Rio de Janeiro, no Hotel Copacabana Palace, onde a nossa grande esperança era o Henrique Mecking, o Mequinho. Desistiu depois de duas rodadas. Frustrante. Mas conhecemos Jaime Sunye Neto, que peitou alguns grandes, de igual para igual, lembra? Pô, meu! Andamos ao lado do húngaro Lajos Portisch, vencedor do torneio, de Tigran Petrossian (e seus chinelos de dormir), Robert Hubner, Jan Timman (cor de marfim e sua esposa, cor de ébano), Eugenio Torre entre outros.
Mas eu trouxe essa história de volta, meu caro amigo Isak, por conta de xadrez, é claro, mas por conta do xadrez feminino. Nem sei se você se lembra que naquele Interzonal do Rio em 1979, também disputaram um torneio eliminatório para o título mundial feminino. Lembra? Eu não. Busquei agora na Internet e os nomes lidos pularam da minha memória mais escondida: Nana Ioseliani, a vencedora do Interzonal e Maia Chiburdanidze, a campeã daquela época (1978 – 1991).
Olha elas aqui nas fotos:
Pois é, amigo, hoje vi na timeline de um novo amigo de Facebook, apaixonado por xadrez, Andre Schwartz, a foto da recém vencedora do campeonato mundial feminino de xadrez: Mariya Muzychuk. Isak, meu caro Isak, como o xadrez feminino mudou nas últimas décadas. Tá quase igual ao tênis! O olhar, todavia, ainda é um pouco mais sério, não é? ;-)
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