Pode ser divertido dizer não
- Por Nelson Correa
- 15 julho, 2009
- 2 Comentários
Se você viaja de avião com uma certa frequência, certamente já ficou irritado com a maneira que a maioria das empresas te trata no check-in. Ou nunca ficou? Se não ficou, ou você é ultra-zen ou é completamente zen noção.
Para não pirar e não perder a linha, eu procuro formas de me divertir nestas situações. Quer saber como? Fácil, como minhas viagens são sempre rápidas, um ou dois dias, uso sempre minha malinha cachorrinho tri-flex, onde coloco laptop, objetos para trabalho e roupa. Que obviamente, por ser pequena, vai comigo na cabine do avião. Nada de despachar bagagem e muito menos incomodar os companheiros de viagem com malas gigantescas na cabine.
Mas como você está sem bagagem, as meninas que trabalham nas empresas de aviação, no check-in, quase sempre te pedem para colocar aquela etiqueta de identificação com as cores da companhia mostrando por qual empresa você vai viajar. Já experimentou perguntar para elas o motivo de ter que usar aquela etiqueta? Nunca? Ah, pergunte.
Veja bem, se fosse obrigatório, elas só pediriam licença e colocariam a etiqueta. Mas como não é, elas pedem para colocar a etiqueta do merchandising da companhia aérea. Já experimentou perguntar o que você vai ganhar em troca de fazer a propaganda de graça? Não me diga que não? Nem negociou duas barrinhas ou um copo a mais de suco? Experimente negociar a propaganda na sua bagagem de mão com elas. O diálogo é sempre surreal.
Hoje eu já estava ficando irritado com a demora do check-in, a fila não andava, o horário chegando perto e eu com vôo de conexão para fazer. Aí chega a menina da etiqueta, adiantando o trabalho da outra, que fazia o check-in no balcão:
– O senhor vai despachar bagagem?
– Não.
– O senhor leva objetos cortantes na sua bagagem de mão?
– Não.
Aí, já descolando a etiquetinha colorida e se curvando para a minha “cachorrinho” para colá-la na alça, pergunta?
– Posso colocar a etiqueta de bagagem?
– Não.
Ela congelou. E a expressão que ela fez foi ótima. Ela deve ter me achado o maior maluco do mundo. E eu firme, segurando o riso. Coitada, ela ficou tão frustrada, talvez nunca tenha ganhado um “não” nessa situação. Depois de passado o susto, desarmei a seriedade e esbocei um sorriso para ela. Mostrei que não havia raiva na minha resposta, só firmeza de posição: propaganda gratuita, não!
:-D
Nelson ,nunca disse nao para as etiquetas, mas posso bem imaginar a cara de surpresa da mocinha! já disse num dia de muito mau humor para uma pessoa que perguntou se estava incomodando uma conversa em tété a tété ,que ela esta incomodando sim!A pessoa literalmente quase desmaiou!Foi bom, meu mal estar até passou porque dei risada. bjs
Oi Nine!
Sabe de uma coisa, descobri uma coisa boa que a gente ganha com a idade: a prerrogativa de voltar a ser politicamente incorreto, como as crianças, para determinadas situações. Eu tenho perdido a vergonha disso.
:-D
beijos,
Nelson