Blog Action Day – Lixo eletrônico

Bloggers Unite - Blog Action DayEm agosto, quando ainda eram menos de mil participantes, me comprometi em participar desta blogagem coletiva mundial defendendo o meio ambiente do nosso planeta. Hoje, dia 15 de outubro de 2007, o Blog Action Day conta com mais de 14.300 blogs inscritos para, blogando em conjunto, alertar aos nossos mais de 12 milhões de assinantes, para a importância e o compromisso de todos em preservar a vida do planeta.

O Pô, meu! escolheu como tema o lixo eletrônico. Por que esse foi o tema escolhido por mim? Meu primeiro computador foi comprado em 1983. Depois desse, vários outros computadores, impressoras, mouses, teclados, monitores, e outros periféricos foram adquiridos e, fora os que ainda estão comigo, todos os demais foram para o lixo sem nenhuma preocupação que esse lixo recebesse um tratamento especial. Peço desculpas, eu também sou responsável.

Computadores, celulares, tocadores de mp3 e outros gadgets têm cada vez mais, um ciclo de vida útil menor. O preço também vêm diminuindo e mais pessoas têm acesso à esses produtos. Mais lixo eletrônico é gerado a cada ano. Calcula-se que hoje, o mundo produza acima de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico ao ano. Uma boa parte desse lixo é exportada dos países ricos para alguns países mais pobres ou menos desenvolvidos.

Estima-se que esse volume de lixo já seja 5% de todo o lixo gerado pela humanidade. E ele é altamente tóxico. Entre outras substâncias tóxicas, pode-se encontrar neste lixo: mercúrio, chumbo, cádmio, belírio, arsênio, PVC e etc. Estas substâncias podem causar diversos danos à saúde humana, tais como distúrbios no sistema nervoso, problemas nos rins, pulmões, cérebro e envenenamento.

Nossa legislação é a cara do nosso congresso: podre. A única regulamentação vigente que trata do lixo eletrônico é a resolução de número 257, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece limites para o uso de substâncias tóxicas em pilhas e baterias e imputa aos fabricantes a responsabilidade de ter sistemas para coleta destes materiais e encaminhá-los para reciclagem. E, lamentavelmente, nada mais. Mensalões, bastardinhos sustentados por lobistas, infidelidade partidária e outros “assuntos mais importantes” tomam o tempo e a agenda de nossos parlamentares.

Mas nem tudo está largado, a sociedade e as empresas sérias têm se movimentado para ordenar esse problema. Empresas e instituições como Canon, Fundação Banco do Brasil, Comitê para a Democratização da Informática, Comlurb Rio, Dell Computadores, Hewlett Packard HP, Kodak, Motorola, Museu do Computador Sampa, Nokia, Sony Ericsson e Valvolândia Sampa tem programas de coleta de equipamentos usados. Essas dicas foram aprendidas no O Globo Online.

Além de cobrarmos uma legislação que proíba a importação ou exportação de lixo eletrônico, precisamos também definir como reciclar e o mais importante, impor um percentual cada vez maior de componentes recicláveis nos eletrônicos fabricados e comercializados no Brasil. Enquanto isso, antes de jogar fora seu velho gadget, procure quem pode dar um tratamento digno ao planeta, minimizando o impacto que os velhos componentes eletrônicos oferecem ao meio ambiente.

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