Circuncisão
- Por Nelson Correa
- 22 outubro, 2009
- 5 Comentários
Estreiando a série onde a pauta do post no Pô, meu! não é uma definição exclusivamente minha, fui buscar nas visitas geradas pelos sites de busca, o tema desse post. Tempos atrás, mais precisamente no dia 30 de março de 2009, escrevi um mini conto que fazia uma crítica de costumes com um final temperado de humor. O eixo central era um encontro de amigos que não se viam há muito tempo e a discussão sobre fazer circuncisão ou não no filho de um deles. Se você ainda não leu, vou adorar se você ler o “Circuncisão, faz mesmo diferença?”
As pessoas caem aqui no Pô, meu!, a maioria vinda do Google, em busca de respostas para as mais variadas perguntas sobre circuncisão por conta desse mini conto. Os motivos religiosos, os motivos higiênicos, qual a sensibilidade sexual depois da circuncisão, enfim, todos, sem exceção, tem suas dúvidas sobre a circuncisão masculina. Que sob o aspecto técnico, é a remoção da pele que reveste a ponta do pênis, conhecida com glande ou cabeça, quando o indivíduo não consegue puxá-la (a pele) totalmente. Também conhecido como fimose.
Existem diversos sites médicos que tratam desse assunto com requinte e detalhamento. No final do texto sugiro alguns links. A circuncisão inclusive, é recomendada pela Organização Mundial de Saúde para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de câncer, tanto no homem (pênis) quanto na mulher (útero). Ou seja, tanto a remoção total do prepúcio (pele que recobre a glande) ou a liberação cirúrgica dela sem remoção, são saudáveis e altamente recomendadas, não causando consequências negativas para o homem durante o ato sexual.
Mas se sairmos um pouco desse foco médico e de saúde, constataremos que quase todos sabem que os judeus fazem da circuncisão um ato religioso para todos os meninos (no 8º dia de vida), na cerimônia conhecida por Brit Milah. Mas o que poucos sabem, é que os muçulmanos também têm a circuncisão como um dogma religioso. Todo muçulmano é obrigado a ser circuncidado. Tanta diferença entre judeus e muçulmanos e tanta igualdade não é? Mas o que eu não sabia, é que as meninas judias também têm sua cerimônia Brit Milah. Felizmente, não mutilam nenhuma parte das meninas.
Como chegamos nas meninas, nos causa horror e indignação a circuncisão feminina praticada por alguns povos islâmicos, mesmo não sendo uma prática religiosa prescrita e obrigatória pelos livros sagrados muçulmanos. É sim, uma prática que demonstra um machismo estúpido e carcomido, além da fraqueza e impotência que o ser humano macho ainda sente frente à mulher.
Com o intuito de fazer sua companheira mais “dócil” quanto à sua natureza sexual, diminuindo sua vontade e desejo, além de, consequentemente (pensam eles), garantir a fidelidade ao “amo e senhor”, esses povos mutilam suas meninas em três níveis, que vai desde a remoção da pele que recobre o clitóris até a remoção completa do clitóris, do lábio menor e de partes do lábio maior, costurando as laterais e deixando apenas uma pequena abertura para a passagem de urina e fluxo menstrual.
Pobres homens fracos, eles não sabem que a criação da mulher foi muito mais bem acabada que a do homem. A sexualidade e o prazer sexual da mulher não está no seu órgão genital. A sexualidade da mulher está na alma, e por isso, pode ser materializada em qualquer lugar. É por isso que, a partir de hoje, toda vez que se falasse em circuncisão, deveríamos lembrar da circuncisão feminina feita em alguns países islâmicos para que isso virasse um grande movimento que pudesse um dia, por fim nessa brutalidade sem sentido.
Links recomendados:
Circuncisão – aspecto religioso
Uromedical
Centro Cultural Beneficente Islâmico
A circuncisão feminina
Para mim, circuncisão é a retirada do quipá do pênis.
Oi Marcus,
Concordo, mas dependendo do ponto de vista, prefiro nem olhar, a circuncisão pode ser também, a retirada do turbante.
;-)
Abraços e sucesso,
Nelson
A circuncisão é o resquício de uma era tribal, que perdura até hoje, assim como as guerras. Os pais feriam os filhos de forma a mostrarem a eles quem mandava. Esta terrível cirurgia é patriarconista.
Oi Marcos,
Prazer recebê-lo por aqui.
Também acho que qualquer mutilação de qualquer parte do corpo humano uma atitude que denota pouca evolução.
Obrigado pela visita e participação. Fique à vontade quando quiser voltar, a casa é sua.
Abraços e sucesso,
Nelson
P.S. 1) Desculpe demorar tanto com a resposta. A explicação e as desculpas estão aqui.
Olá, sou circuncidado e de uns tempos pra ca ñ consigo esticar totalmente a pele do meu penis quando ereto, até da pra puxar mas doi muito a algo a fazer ?