Yes, he créus
- Por Nelson Correa
- 9 outubro, 2009
- 11 Comentários
Em um dos cômodos da Casa Branca, com localização secreta, dia 9 de outubro de 2009, 4:48 AM, local time
– Mr. President. Mr. President.
O oficial da NSA (National Security Agency) encosta a mão suavemente no ombro do Barack Hussein, que dorme sono profundo desde às 2:09 AM.
– Mr. President
Agora um pouco mais incisivo no toque mas ainda sussurando, o oficial cujo nome não consta nos registros oficiais, pode até não ser um oficial, mas ele é oficialmente responsável por manter-se acordado, guardando a primeira-maleta, enquanto o presidente Obama dorme.
– Hã? Como? Onde caiu o primeiro míssel?
Dando um salto que fez Michelle abrir o olho esquerdo e virar-se de lado, o presidente Obama ainda sem conseguir abrir os olhos completamente tenta uma postura com compostura ao lado da primeira-cama.
– Não Mr. President. O Ahmadinejad ainda não conseguiu nem jogar bombas em Israel. Não há guerra nuclear, Mr. President.
– Atentado terrorista não! Onde foi que o bastardo do Osama atacou? Metrô de New York? Capitólio? Disney? Ou na Golden Gate?
Continua perguntando Barack, já conseguindo ficar em pé e se abaixar para pegar o robe que estava no chão.
– Calma, Mr. President. A situação no país está tranquila.
– Então foi “the guy” que perdeu o controle dos seus aloprados e iniciou-se uma gerra civil em Honduras com estopins por toda a América Central? Chavez já está movimentando tropas?
Barack Hussein Obama já estava de pé, cobriu Michelle e tirou da frente o primeiro-cão, Bo.
– Mr. President, se acalme por favor.
– Como posso ficar tranquilo sendo acordado a esta hora sem nenhuma programação especial, coronel. Ele não sabe a patente do oficial, mas fala qualquer coisa caso estejam sendo espionados, é a regra.
– Mr. President, é uma ligação de Oslo, na Noruega. Querem lhe comunicar que o senhor ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
– Yeah! Gi’me five!
Vibra o presidente da maior potência do planeta.
– Eles estão na linha, major? (a patente é… você já entendeu)
– Sim, Mr. President.
– Qual horário do Brazil agora, tenente?
– Eles estão uma hora na nossa frente, Mr. President.
– Segura Oslo um instante. Ligue para Brasília!
Em Brasília, 6 horas da manhã. Tempo frio no planalto central. No Palácio da Alvorada, ainda com dor de cabeça dos arroubos do jantar da véspera, o presidente Lula levanta para ir ao banheiro.
– Seu Lula, seu Lula.
Bate na porta o faxineiro do salão presidencial do palácio.
– Que foi meu filho, num tá vendo que tá ocupado?
– É o telefone seu Lula.
– Atende porra!
– Já atendi e não entendo nada que o homi tá falando do outro lado.
– Cadê Marco Aurélio? Cadê Celsinho? Ninguém tá aí não? Já vou… um minutinho só.
O presidente lula, sai do banheiro descalço – mesmo tendo sido repreendido diversas vezes por dona Marisa, se recusa a colocar chinelos ao sair da cama – caminha ainda sonolento, coçando a barba e pega o telefone.
– Alô! Quem fala?
Do outro lado, o telefone é passado rapidamente pelo primeiro-tradutor para Obama, que gritando responde:
– Yes, my turn, we créu!!! Créu, créu, créu… number one… Créu, créu, créu… number two…
Tu…tu…tu…tu…
– Ele desligou, general. Me coloque na linha com Oslo, please.
Geekmann
Sabe uma crônica que você atropela virgulas, come os travessões, dispensa os pontos? Foi assim que li, devorando.
E ri muito.
beijos
PS: e continuei…. Lula ligando pro Chavez (precisamos fazer alguma coisa, companheiro)+ etc e tal
Oi Sandra,
A maior alegria de quem escreve com prazer é provocar algum sentimento em que lê. Fico super contente que você tenha rido muito, era essa a minha intenção.
Quanto à continuação, sinta-se livre para contiuar.
;-)
bjs,
Nelson
ahhahaha parabéns Nelson!
Sensacional!!!
Abraço
Valeu Franco!!!!
O que seria da minha motivação para manter esse blog se não fossem os amigos dando uma força.
Obrigadaço, garoto.
;-)
Abração,
Nelson
Olá!
Adorei. Muito bem escrita e, sobretudo, muito divertida :D
abraço!
Suzana
Oi Suzana,
Seja bem vinda.
Que legal que você gostou do texto, e mais, que se divertiu com ele.
Fique à vontade por aqui, seus comentários enriquecerão essa garrafa digital para o futuro.
Abraços e sucesso,
Nelson
em tempo: eu tb escrevo para conversar com os meus netos :)
Oi Suzana,
Essa foi a melhor desculpa que arranjei para tomar coragem e sair escrevendo esse pacotão de bobagens aqui do Pô, meu!
:-D
Abaços e sucesso,
Nelson
[…] história de ser o cara foi coisa da CIA para me amolecer. Eu até gostei… mas não admito e não perdôo Obama pelo telefonema na época do Nobel… diz prá Dilma que vô num í […]
Agora entendi porque o Lula não estava junto com Fernando para receber Obama,créu, créu, créu…
Yes, Valdir, he créus too. :-)