Aprender. Hoje é muito mais fácil

Eu nunca gostei muito de estudar. Minha paixão sempre foi aprender. Obviamente, nunca pude ser 100% seletivo, pois precisava ter nota para passar de ano. Então, nas matérias que gostava, estudava para valer. Ia além do que os professores nos ensinavam, perguntava muito, enfim, buscava efetivamente aprender aquilo. Meus boletins dos 12 anos do ensino básico, mostram que, apesar de não ter repetido nenhum ano, em algumas matérias tinha notas excelentes e em outras, sofríveis notas suficientes para ser aprovado.

Mas é na hora que começamos a vida profissional que podemos ser quase 100% seletivos no que vamos estudar. E a Internet ajudou concretamente na democratização do aprendizado. Desde o início da década de 90 (século passado) nós podemos escolher o que queremos aprender e estudar com o conteúdo disponível na Internet. Certamente hoje, isso é muito melhor, eficaz e mais democrático do que era há 10, 15 anos.

Para alguém que, como eu, mudou de profissão no início da era da Internet, basicamente aprendendo e estudando muito com o que eu achava garimpando a Internet, o que vou comentar nesse post é o estado da arte em aprendizado. Se você gosta de aprender, não se intimida com barreiras e não pensa em ser político (não precisam estudar), visite a OCW – OpenCourseWare Consortium.


OK, é verdade que vai precisar saber ler em inglês. Tá vendo? Você que tem ou teve aula em Teresópolis, no Higino da Silveira, com a professora Cristina Corrêa, e sempre se perguntou para que precisava aprender inglês. Lamento, mas você vai ficar para trás na disputa pelo conhecimento. Nowadays, who cares?

O objetivo do consórcio OCW é levar conhecimento estruturado e grátis para todo o mundo. Não vou me estender em traduzir aqui seus objetivos, visão e missão. O site deles fica aqui. Mas vale a pena comentar, que entre outras universidades de vários países do mundo, é possível encontrar cursos abertos do MIT – Massachusetts Institute of Technology (aqui).

Lá você pode achar cursos como o de Macroeconomia (aqui) ou de Teoria dos Jogos (aqui), dentre centenas de outros. Você só precisa fazer o download do material didático. Pode ser que seja necessário acompanhar por um livro, mas é possível achar os livros na própria Internet.

Eventualmente, é possível achar um desses cursos em português, traduzidos por um outro movimento que é associado ao OWC, que se chama Universia (aqui).

Se você tem mais prazer em aprender do que fazer uma carreira política (não deveriam ser excludentes, hein!), então divirta-se com a OpenCourseWare ou a Universia. Mas se isso for pouco, A Universidade de Berkeley (USA), junto com o Google, também estão oferecendo cursos/aulas em video (aqui). Se você gosta de aprender, e não sabe mais onde matar o tempo, já que o pessoal da rede bloqueou o Messenger, Orkut, webmail pessoal e outras baboseiras mais, te convido a experimentar os sites comentados acima.

Conheci uma pessoa muito simples e com pouco estudo formal chamado José (Seu Zé da Ventania), lá de Mendes, no Vale do Paraíba Fluminense. Ele me ensinou que o dia que não aprendemos nada, é um dia perdido. Enjoy it!


Qual sua opinião sobre o post “Aprender”?


Você gostaria de receber as atualizações do Pô, meu! por e-mail? Clique aqui.

5 Comentários

  • André Fucs disse:

    nelson,

    Acho que outro exemplo claro de mudança é a Open University de Londres, assim como Athabasca e O.U. of Israel, inspirada nela.

    []s

  • Oi André,
    Você poderia dar uma dica rápida do diferencial introduzido pela Open University in London, que serviu de inspiração para a Athabasca no Canadá e a O.U. of Israel?
    Valeu pelo comentário!
    []s

  • Marconi disse:

    Nelson,
    esses cursos estão abertos há alguns anos e eu havia esquecido por completo! Certamente irei nos sites para buscar aprender.
    Valeu pelas dicas!
    []s
    Marconi

  • Marconi,
    A gente hoje vive sob uma avalanche de informações. Às vezes acabamos por esquecer algumas que valem à pena. :-) Obrigado pelo comentário e visita.
    []s,
    Nelson

  • Marconi disse:

    Já que vocês têm mais experiência do que eu, existe algum programa em que você armazene todos os links que você considera úteis e que, de tempos em tempos, fique te relembrando para fazer uma visita? Eu realmente não conheço programa ou site que faça algo parecido. A avalanche de informações que recebemos diariamente requer um mecanismo desse gênero, que nos force a visitar algo que marcamos como “vale a volta e uma olhada”. Olha a sutileza desse exemplo: o favorites do browser é um lixo atômico. Para você ter idéia do que eu estou falando, só vim a descobrir ontem que existe favorites para o Regedit. Ontem eu cogitava que era um saco ficar abrindo HKEY_LOCAL_MACHINE atrás da chave RUN para arrancar fora chaves de incialização do Windows. Como estou testando o Windows Vista, abri o regedit para ver se eles colocavam uma coisa melhor do que “last key used”. Não vi nada de novo e resolvi buscar ajuda com são Google e lá eu descobri que o favorites do Registry NÃO é o favorites do browser e sim, um armazenador de chaves de resgistry favoritas. Eu nunca vi ninguém usando aquele favorites e se não fosse pelo meu incômodo, jamais teria descoberto.
    O favorites de TODO o Windows aponta para o browser… Aí vemos como a similaridade de conceitos atrapalha.
    Enfim, meus 2 centavos de contribuição.
    []s e parabéns pelo blog!
    Marconi

Deixe uma resposta