Perdeu, playboy!
- Por Nelson Correa
- 26 fevereiro, 2014
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Em maio/2008 as ações preferenciais da Petrobras foram negociadas na Bolsa de São Paulo por mais de R$ 42,00. Alguns meses depois, em 2/9/2008 o UOL noticiava a festa da extração simbólica de petróleo do pré-sal (imagem). O presidente declarou vibrante, dentre outras, as seguintes frases:
– A Petrobras é a mãe da industrialização desse país.
– Nós não vamos ser meros exportadores de óleo cru; vamos exportar produtos com valor agregado e continuar os investimentos.
– É importante que a gente não dependa só do petróleo. Temos que aproveitar o petróleo para industrializar este país.
O presidente disse também que os lucros que serão gerados pela atividade, serão aplicados na erradicação da pobreza e na educação brasileira.
Também participaram da festança os ministros das Minas e Energia, Edison Lobão, da Comunicação Social, Franklin Martins e da Casa Civil, Dilma Rousseff. A ministra DIlma, já apresentando sua capacidade cognitiva, disse:
– Eu acho que nós voltamos ao Sítio do Pica-Pau Amarelo. O sítio é o Brasil, e, com certeza, a Petrobras achou petróleo atrás do galinheiro.
Quem imaginaria que essa fala seria a chave para o futuro?
No dia 22/9/2008 Lula permitiu que os trabalhadores brasileiros usassem o FGTS para comprar ações da Petrobrás. A única vez que essa possibilidade existiu foi durante o governo FHC, em 2000. O que proporcionou até aquela data, um ganho de 742% se comparado com o dinheiro “parado” no FGTS. [aqui]
Hoje, 26/2/2014, as ações preferenciais da Petrobras foram negociadas a R$ 13,65 na Bolsa de São Paulo. Quem comprou estas ações em 2008, em momento algum pode recuperar o capital investido nestes últimos seis anos, pois o seu valor nunca voltou a ser de R$ 42,00. Quem usou 30 mil reais do seu FGTS naquela época, teria hoje menos de 10 mil reais.
Muito foi falado, discutido e, principalmente acusações foram feitas de que outras candidaturas oposicionistas iriam privatizar a nossa Petrobras nas últimas três eleições presidenciais. Duvido. Mas hoje podemos ver que a dilapidação do patrimônio da Petrobras é muito maior do que se ela tivesse sido realmente privatizada.
Continuamos perdendo.
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