Brincando com fogo
- Por Nelson Correa
- 10 fevereiro, 2014
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É… o cinegrafista da Band morreu. Santiago Ilídio Andrade tinha mulher e quatro filhos. Estava trabalhando.
Quando eu era bem pequeno, meu avô costuma falar para os netos que quem brincava com fogo amanhecia mijado. Isso, obviamente, quando a gente inventava de pegar a caixa de fósforos da cozinha ou do banheiro para fazer alguma merda arte. Não sei se a gente acreditava e tinha medo da história de acordar nadando em uma poça de mijo ou se a gente entendia que fogo queimava (não é Paulo?) e machucava. Acabamos aprendendo. Acho que aprendemos.
Acho que faltou avôs prá esses caras. Ou quem sabe, faltou gente de bom senso para segurar a onda da estupidez e manter a linha nas reividicações. Sobraram foram canalhas que estimularam a loucura. Quem não sabia que ia acabar acontecendo uma “fatalidade”, um “azar”, um cara no “lugar errado”? Sou capaz de apostar que os valentes (otários?) que mataram o Santiago Andrade, estão se mijando de medo do futuro deles. Lamento. :-(
Mas lamento muito mais pela família do Santiago. Meus sinceros sentimentos. Assim como lamento também de nos mantermos na vanguarda do atraso, na nata do lixo, na busca cega da liderança no sub-terceiro mundo bolivariano, ao invés de buscarmos uma posição de destaque como sociedade desenvolvida. Argh.
Quem acha que Santiago foi o último? Quem acha que ele foi só o primeiro? :-(
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