Commodity Digital
- Por Nelson Correa
- 13 fevereiro, 2012
- 5 Comentários
Participei do InterCon 2011 assistindo todas as palestras da Arena Criatividade para Apps, comandada pelo ótimo Luli Radfahrer. Gostei de praticamente todas as apresentações e debates, algumas delas foram inesquecíveis, mas quero trazer para este papo duas destas apresentações: a do Ricardo Sangion (Growth Manager do Facebook no Brasil) e do Alexandre Bessa (Gerente de Produto do Yahoo!). Cada vez que assisto uma palestra de alguém do Facebook eu me assusto como eles querem “conquistar o mundo”.
Sim, “conquistar o mundo” é uma das frases mais ouvidas no universo das novas empresas de Internet, incluindo aí o Facebook. Não é uma frase nova. Nessas horas eu me lembro imediatamente de duas ocasiões na história em que a frase foi falada. Quando a EMI, gravadora dos Beatles, enxergava a possibilidade deles conquistarem o mundo através de uma poderosa estratégia de lançamento nos Estados Unidos. O que de fato aconteceu. Os Beatles nos conquistaram até hoje.
Outros caras, na primeira metade do século XX, liderados por um maluco de bigodinho, nascido austríaco que depois virou alemão, também tinham planos para “conquistar o mundo”. Esses, quebraram a cara, apesar de terem feito muita merda e deixado um rastro de sangue e morte. Já me questionei algumas vezes qual dos dois objetivos de “conquistar o mundo” as empresas de Internet pensam em usar. Me preocupo, quando na maioria das vezes acho que pensam como o Adolfo.
Lá pelo final da sua apresentação, excelente e muito bem elaborada e acabada, o Alexandre Bessa meteu o dedo na minha cara e com certeza, na maioria dos presentes, nos chamando de “commodities virtuais”. Ele mostrou um pequeno trecho do documentário de Adam Curtis (2011), “All Watched Over by Machines of Loving Grace“, que apresenta a teoria de Carmen Hermosillo, uma das pioneiras no mundo da Internet, que descobriu que nossa pretensa capacidade de ganhar voz, liberdade e poder na Internet, no fundo é uma falsa sensação. Na verdade, os grandes players da Internet (Facebook, Google, Twitter, etc) commoditizam o nosso conteúdo.
Estou remoendo tudo isso há meses. Assistindo o time do Zuckerberg ser processado e ser desmascarado por constantes quebras de privacidade dos usuários. Ainda não digeri tudo para chegar a uma opinião final. Mas já tenho a certeza que minha privacidade é fundamental e eu que devo comandá-la. Também decidi que o que eu publico nas redes sociais, vai ser publicado aqui primeiro. Se é para commoditizar meu conteúdo, que eu possa me locupletar também. :-)
O Pô, meu! voltou.
Fico feliz em ver o “Pô, Meu!” de volta, Nelson!
Estou ensaiando para retomar o Reflexões, passada a fase turbulenta da minha vida. Por enquanto, retomei o quase natimorto “Crônicas do Centro”, dedicado mais específicamente a aspectos do centro de São Paulo.
Grande abraço, amigo!
Olá Enio!
Bom te ver aqui também. Eu tenho andado pelo “Crônicas do Centro” :-)
Grande abraço,
Nelson
Ontem, ressuscitei o Reflexões, também. Vamos ver se consigo manter alguma regularidade neles.
Que ótimo Enio!
Vou passar por lá também.
Abs,
Nelson
[…] mesmo no Pô, meu! escrevi um artigo sobre “Commodity Digital” (vai lá, vale pelo vídeo). Eu misturo tudo e não dou prioridade para nenhuma corporação espertalhona em busca de […]