F1 2011, quem são os #1?
- Por Nelson Correa
- 22 fevereiro, 2011
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A temporada 2011 da Fórmula-1 está prestes a começar. Como todo início de campeonato, as dúvidas são muitas. Será que a Red Bull vai continuar a ter o melhor carro? Schumacher finalmente mostrará que a aposentadoria pode ser revertida? Mais um botão no volante (que controla a asa traseira) não atrapalhará pilotos da geração pré vídeo game? E a prova do Barein, acontecerá com toda essa movimentação popular por democracia no país que sediará (sediaria?) a prova inaugural? E o Kubica, hein, volta a pilotar? Será esse ano ainda? A torcida brasileira terá motivos para ficar tão empolgada quanto a Globo tenta lhe convencer?
São sempre dezenas de dúvidas que só são dirimidas ao longo do campeonato, algumas até passam para a temporada seguinte. Mas nem tudo são indagações. Existem certezas trazidas da temporada 2010. Por exemplo: os primeiros pilotos das principais equipes. Na McLaren, antes do campeonato 2010 começar, muito se especulou sobre qual dos dois campeões mundiais teria prioridade, qual seria o primeiro piloto do time? Button ou Hamilton? A cada prova disputada ano passado essa dúvida ia sendo resolvida com a vantagem de Hamilton sobre Button nos treinos e nas corridas. Culminando com a ultrapassagem de troco de Hamilton sobre seu companheiro no GP da Turquia (se ainda estiver no Youtube). Não há dúvida, Hamilton é o #1.
Na Ferrari havia a incerteza se o Alonso, em sua primeira temporada com as baratinhas de Maranello, faria frente à Massa, com quase uma década dentro dos carros do time italiano. Só havia dois lugares no mundo onde essa dúvida não existia: Espanha e Brasil, por motivos de patriotada, obviamente. Até que em uma certa tarde alemã, no meio de 2010, 25 de julho precisamente, o mundo começou a entender que havia uma hierarquia… “Fernando is faster than you”. Houve esperneio, macriação, etc (não deixe de ler Good Boy) mas o resultado final não deixa sombra de dúvida: Fernando é o #1 na Ferrari.
Faltava a definição da Red Bull. O campeonato seguia, uma hora dava Vettel, noutra Webber liderava. O dono do time, o milionário excêntrico Dietrich Mateschitz falava para quem quisesse ouvir que na equipe dele não havia preferências. E isso quase deu merda, pois os dois rapazes da equipe do tourinho voador andaram se estranhando, jogando vitórias no lixo e chegando ao cúmulo de matematicamente poderem entregar o título para Alonso caso Webber não deixasse Vettel ultrapassá-lo na última corrida. Nada disso foi necessário. Apesar da valente tentativa de Webber de bater o novo alemãozinho (longe, muito longe do velho alemão em habilidades), no final do ano Vettel não só fez mais pontos que Webber como de todos os demais. Tornou-se o mais jovem campeão da Fórmula-1.
Esse ano, lá no time do seu Mateschitz, para que não haja dúvidas quanto à hierarquia dos pilotos, pintaram um número no macacão deles, logo acima do joelho. Assim, havendo dúvida no calor da disputa, lá dentro do cockpit, basta olhar para a perna esquerda: Vettel verá o #1 e Webber verá o #2. Não haverá mais desculpas.
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