Heróis babaquinhas

Volta e meia o cinema resgata heróis da minha infância e adolescência. Moleque entre 9 a 12 anos, quando não havia gente suficiente para uma pelada na rua (pelo menos 6 jogadores), brincávamos de super-heróis ou para agradar o Lu (Luís Alarico), cowboy contra qualquer inimigo. Nessa época, estava na moda os heróis Marvel. Eu era o Thor, o deus do trovão. O Lu, como gostava de natação era Namor, o príncipe submarino. Paulo, o caçula do grupo, era o Homem de Ferro, assim não incomodava os mais velhos. Às vezes, a brincadeira acabava em briga quando eu liderava a insistência para que o Rodney, nosso amigo gorducho e o mais velho do grupo, fosse o incrível Hulk e não o Capitão América, como ele teimava em querer ser.

Quando o clima esquentava, nossas mães nos botavam para dentro e o jeito era continuar sonhando com o Fantasma, o Espírito-que-anda, cavalgando com Diana Palmer na garupa de Herói pelas areias douradas de Keelaa Wee, com o lobo Capeto ao lado. Tínhamos muitas revistas em quadrinhos, Super-Homem, Homem Aranha e até o Batman, que mesmo com a boataria que se instalaria mais tarde, nunca saiu do nosso imaginário dos grandes heróis.

Mas nesses dias, a telona nos fez lembrar de outros “heróis”, mas estes eram estranhos. Com o Indiana Jones, um grande herói como o James Bond, o gancho vem indiretamente por conta do ator Harrison Ford, que interpretou o Han Solo na primeira trilogia de Guerra nas Estrelas. Quem era o “heroizinho” dessa história?

A outra lembrança foi direta, sem necessidade de links ou subterfúgios. Perdi a conta das vezes que assisti o pré-histórico desenho animado japonês de ação e corridas de automóveis Mach GoGoGo. Sempre na esperança do corredor X ser reconhecido como o melhor de todos os pilotos. Frustrante e decepcionante, ele nunca foi reconhecido como tal. Quem era o “heroizinho” dessa história?

Luke Skywalker e Speed Racer, dois heróis babaquinhas.

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4 Comentários

  • balard disse:

    Discordo que o Luke é um herói babaquinha. O Han Solo(e o Corredor X) só são anti-heróis. Eles só brilham pq existe um herói normal pra fazer contra-ponto ao estilo deles.

    Ele é um grande exemplo da jornada do herói. O cara babaquinha caipira q sai do fim do mundo, aprende horrores e termina salvando o mundo(galáxia). O Han solo é o cara gostosão q come a princesa Leia.

    E vc era um Bully quando era criança. Vc e a sua mãe…

    Já q vc gostava do maior viadão louro dos quadrinhos, fica de olhar ak http://www.marvel.com/movies/Thor.Thor

    Já tem o diretor.

    Comentário do Pô, meu!
    Que homofobia meu caro Balard!
    Qual o problema de um eventual homosexualismo do Thor? Ninguém reclama do Batman, mas eu acho que se ele fosse mulher, seria fanchona. Aquele menininho inteligentinho é que gostava de uma chegada no cangote. O que também não diminui em nada o heroísmo dos dois.
    Quanto a discordar, acho ótimo, adoro a discordância. mas sacanagem é colocar a mãe no meio.
    Abração,
    Nelson

  • Respeito a opinião do comentarista acima, e o direito de apresentá-la, mas discordo totalmente dele.
    Luke Skywalker é o anti-herói. É o cara que só foi para a situação empurrado pelas circunstâncias. O Han Solo teve a opção de desistir e continuar com a sua vidinha medíocre de contrabandista. Optou por superar-se e dar novo rumo à sua vida.
    O corredor X sempre foi muito melhor do que o Speedy Racer. Nas histórias em quadrinhos e nos desenhos animados, este fato sempre ficou bem claro. Entretanto, ele sempre DEIXOU que o irmãozinho querido (isto mesmo, o corredor X é irmão do Speedy) vencesse as corridas e ficasse com a fama e o sucesso. Isto é ter o altruísmo do herói.
    Mudando de assunto, Nelson, você já assistiu o Iron Man? Ficou bom, embora eu esperasse um pouco mais. Mas a trilha sonora realmente impressiona…

    Comentário do Pô, meu!
    Viva o Han Solo que fez o que todo nerd daquela geração gostaria de ter feito: comer a princesa Lea.
    Cara, essa do corredor X eu sempre desconfiei. ;-D
    Quanto ao Homem de Ferro, meu caro Enio, a única coisa que consegui ver foram as entrevistas do Robert Downey Jr. e da Gwyneth Paltrow no David Letterman. :-)
    Abração,
    Nelson

  • Chantinon disse:

    Nelson,
    Eu agora fui buscar lá no fundo do crânio a lembrança de quando li esse quadrinho do Fantasma e sua noiva :)
    E fez me lembrar de um post muito legal de um colega português:
    http://naoqueremouvir.blogspot.com/2008/06/o-normal-num-dia-de-trabalho.html

    Eu tenho um problema sério… eu gosto de coisas antigas, mas acho que algumas coisas tem um dia de parar… Não gosto dessas bandas de velhinhos faturando milhões por shows meia boca.
    Até a banda que mais amo, o Rush, na minha humilde opinião, deveria parar daqui a no máximo uns 5 anos. Precisamos de renovação, e é ótimo ver herois antigos renascendo rejuvenescidos.

    Abraços.

    Comentário do Pô, meu!
    Oi Chantinon,
    Bom ter você aqui novamente.
    Olha, se não fosse minha experiência e proficiência em português de Portugal, não entenderia lhufas do belo artigo do seu amigo lusitano. :-D
    Deixa o Rush cara!
    O velho pode andar junto com o novo. Isso dá um post! :-D
    Abração,
    Nelson

  • Nelson,
    Como eu disse, eu esperava um pouco mais. Mas um filme que começa tocando “Back in Black” e termina com “Iron Man” (ainda que esta somente instrumental) tem seus méritos, não concorda?

    Comentário do Pô, meu!
    Enio,
    Concordo em gênero, número e grau.
    :-D
    Abração,
    Nelson

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