Filme mulherzinha e tortura
- Por Nelson Correa
- 27 fevereiro, 2008
- 9 Comentários
Semanas atrás me levaram para uma câmara de tortura. Era uma sala com pé direito muito alto. Muitas poltronas individuais arrumadas lado-a-lado, uma após a outra iam ocupando quase todos os espaços de uma suave escadaria. Deixavam brechas uniformes, como que formando alguns corredores entre elas. No topo, um buraco quadrado, de onde saía uma luz forte. Em pouco tempo estavam tomadas por muita gente. Todos sentados olhando a parede branca. A luz se apagou e em poucos minutos, éramos (acho que era somente eu) torturados com luzes e sons fortes. Um pavor. Me levaram para assistir “Eu sou a Lenda”.
Lembrei disso lendo o artigo do Inagaki hoje: Como curar um coração partido através da música? Fui obrigado a confessar que sou fã de filmes mulherzinha. Comédias românticas, com trilha sonora mela-cueca e final feliz. Ah, o amor é lindo. Vi, vejo e revejo muitos, é só passar na TV, mas Notting Hill é meu preferido. Tenho uma atração gigante por Londres. Julia Roberts estava muito bonita, até um pouco sexy. E as figuras que cercam os personagens principais são quase caricaturais, o que ajuda a dar mais vida ao par central. Tudo embalado por uma trilha sonora envolvente. Adoro a declaração no final do filme.
– Em sua última visita, houve fotos indiscretas… suas com um jovem inglês. Bem… em que deu?
– Éramos só amigos. Continuamos sendo, acho.
– O de camisa rosa.
– Existe a possibilidade de vocês poderem… ser mais que amigos?
– Esperava que sim, mas agora… tenho certeza que não.
– Mas que diria se…
– Sinto, só uma pergunta.
– Não, tudo bem.
– Estava dizendo?
– Estava só pensando…
– Se essa pessoa…
– Chama-se Thacker.
– Se por acaso… o Sr. Thacker se deu conta que foi… um grande idiota… e se ajoelhasse e… implorasse que reconsiderasse, pergunto se realmente… reconsideraria?
– Creio que sim.
– Que ótima notícia.
– Os leitores de “Hípica e Caça” vão vibrar.
– Dominic, quer fazer a pergunta outra vez?
– Anna, quanto tempo pensa ficar na Inglaterra?
– Indefinidamente.
Tudo bem, se você acha tudo isso muita frescura, toma lá e vai ver o trailer do “Eu sou a lenda“. Apesar do Will Smith estar excelente, tô fora. Meus enfartes exigem algo mais água e açúcar. ;-)
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E eu que achava que geekman só gostava de ficção científica, heim? ;)
Comentário do Pô, meu!
Sandra,
É esse o tipo de exclamação que quero que meus eventuais futuros netos tenham. Pô, meu! apesar do vovô ser geek, nerd e gostar de mulher, ele é bem “viadinho” no gosto cinematográfico. ;-)
Ah, e detesto ficção científica. Achei 2001 uma viagem de ácido do Stanley Kubrik. Precisei assistir 5 vezes para chegar a essa conclusão.
Abração,
Nelson
Embora eu até tenha gostado do “Eu sou a lenda”, acabo de descobrir mais um ponto em comum com você. Sou fã de Notting Hill. E também de Pretty Woman, Quatro Casamentos e Um Funeral e O Casamento do Meu Melhor Amigo.
Comentário do Pô, meu!
Grande Enio,
Gosto desses todos também. E de muitos outros, mas esqueço todos os nomes. Só não esqueço de Notting Hill.
HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Abração,
Nelson
Pô, mas pinta o maior clima entre o Will Smith e a cachorra… E aquela cena da banheira é super romântica, vá.
;-)
(Nelson, comquifaz isso de o blog avisar que o comentário foi respondido, hein? Muito bom! Será que consigo botar no Guinda?)
Comentário do Pô, meu!
Carol,
É verdade… tem sido moda colocar sempre junto de um negão sarado e pintoso, uma cachorra. Veja os clips musicais dos EUA! ;-)
Olha só, agora sério, não é que eu não tenha gostado da “Lenda”, eu gostei! Achei Will Smith ótimo. Mas as cenas de suspense me derrubaram. Nem adianta mais fechar os olhos, pois a droga das caixas acústicas gigantescas e os efeitos sonoros te matam de tensão. E essas salas modernas, pequenas, deixam tudo isso (imagem e som) muito grande. Na TV vai ser mais fácil. :-D
Avisar ao comentarista que o comentário foi publicado e eu respondi é um segredo que guardo a sete chaves. Desculpe não te contar. Quem sabe um dia, ainda te conto. ;-)
Abração,
Nelson
A cena que tu escolheu é melhor que a do Inagaki.
Comentário do Pô, meu!
Grande Marcus,
Na verdade, gosto do molequinho de cabelo de fogo que corre de um lado para o outro na última cena do filme. (isso é uma saída pela tangente para não ter que assumir que estamos insistentemente comentando de um filme tão mulherzinha quanto Notting Hill) HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAh
Abração,
Nelson
É para casos como esse que desenvolvi uma técnica: ~boto as duas mãos na frente dos olhos e faço uma janelinha por onde só passa a legenda do filme. Claro, o som Dolby Stéreo não ajuda, porque ouvir pode ser tão asustador quanto ver. Por isso, minha recomendação para filmes de suspense é uma só: assista de dia ou passe a noite em claro.
Que puxa, não sabia que era algo tão segredoso esse avisador-de-comentários-respondidos…
Comentário do Pô, meu!
Carol,
Você matou a pau. Como não ouvir o som Dolby Stereo nessas salas pequenas e com caixas acústicas gigantescas? Depois tente imaginar que patético o “fortão” aqui colocando as mãos em concha na frente dos olhos. Não! Não imagine.
E é melhor parar com esse assunto, tá muito revelador e pode pegar mal para mim. ;-)
Abraços,
Nelson
P.S. O avisador vai acabar sendo descoberto, mais dia, menos dia. ;-)
Digamos que está em teste uma pirataria “autorizada” do avisador…
Obrigada!
Comentário do Pô, meu!
Já vazou?
Como esses jornalistas conseguem essas informações escondidas?
:-D
Como a gente consegue informações exclusivas? A gente inventa, óbvio!
Comentário do Pô, meu!
Faz sentido… se acertar. pode-se dizer que o informante era quente mesmo. Se errar, aquele canalha de informante queria só plantar uma notícia para tirar vantagem. Será que a briga Veja x Nassif passa por aí? Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
;-)
Ah, não tenha dúvidas de que o duelo jornalístico do século passa por aí e também por uma incrível capacidade de fazer lobby, que nenhum dos dois lados é cordeiro. Quem nasceu primeiro foi uma ameba, dizem.
Comentário do Pô, meu!
Tava mesmo sentindo cheiro podre vindo lá dos lados da briga.
Morram as amebas!
Abraços,
Nelson
É mesmo muito gostoso assistir comédias românticas, acho que pelo fato de que, aconteça o que acontecer, sempre terá seu final feliz garantido.
E todos nós adoramos finais felizes, porque pelo menos os vemos na telinha, já que o nosso parece nunca chegar, hehehe ;)
Adorei o blog!
Abraços!
Comentário do Pô, meu!
Oi Isa!
Seja bem vinda, fique à vontade por aqui.
Olha, em se tratando de filmes, topo qualquer coisa, até o E.T., vi todos os clássicos das últimas décadas de Apocalipse Now à Guerra dos Mundos. Mas detesto tomar susto. E é verdade, gosto do final feliz e romântico. :-D
Que bom que você gostou do Pô, meu! Volte sempre.
Abraços,
Nelson