Lyrics 7 – Alagados – Paralamas do Sucesso

PARALAMAS DO SUCESSO

ALAGADOS

Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Vem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê

Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Vem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Vem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Vem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Vem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Mas a arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé

3 Comentários

  • Tereza Cristina disse:

    Então, ontem fui é que percebir a grande contribuição dessa letra para um despertar de uma relaidade que está cada vez mais pressente em todas as cidades do Brasil e do mundo, pois favelas tem aqui, na Jamaíca e em qualquer lugar que tenha pobreza. Gostaria de receber algo mais sobre uma visão sociocultural dessa música. Aquele abraçco. Tereza Cristina

    • Nelson Correa disse:

      Olá Tereza Cristina!

      Bom receber sua visita. Muito legal você ter comentado. Essa letra do Paralamas do Sucesso é fantástica mesmo, eu adoro!

      Quanto ao seu pedido para receber algo mais sobre a música, eu fiz uma pesquisa na Internet e encontrei no site Amor com Humor uma seção chamada Analisando Letras de Músicas. Lá eles analisam essa letra, veja só a análise deles, que é muito legal:

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      ALAGADOS – OS PARALAMAS DO SUCESSO

      Todo dia, o sol da manhã
      Vem e lhes desafia

      (Já diz um ditado “Não importa quão bem ou mal falem dele, o sol nunca deixa de cumprir seu papel, surgindo pelas manhãs de todos os dias e indo embora somente quando a noite lhe pede licença, para a chegada da Lua”. Antes que alguém resolva falar merda, quando está chovendo não é pq não tem sol, mas sim NÚVENS que o encobrem, combinado?!?!)

      Traz do sonho pro mundo
      Quem já não o queria

      (O sol entra pelas janelas do quarto sem qualquer permissão e traz de volta à dura realidade aqueles que sobrevivem em dificuldades e sonham com um mundo melhor)

      Palafitas, trapiches, farrapos
      Filhos da mesma agonia

      (Essa é a triste realidade citada logo acima)

      E a cidade, que tem braços abertos
      Num cartão postal

      (Aqui se faz referência ao Rio de Janeiro e ao Cristo Redentor, um dos cartões postais mais belos do mundo e uma de suas 7 maravilhas)

      Com os punhos fechados na vida real
      Lhe nega oportunidades
      Mostra a face dura do mal

      (Uma forte crítica ao suposto “abandono” por parte do governo aos que vivem na miséria, em busca da oportunidadade de uma vida melhor, não somente no Rio, mas em todo Mundo, em especial, o Brasil)

      Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
      A esperança não vem do mar
      Nem das antenas de TV
      A arte de viver da fé
      Só não se sabe fé em quê
      A arte de viver da fé
      Só não se sabe fé em quê

      (A parte acima traz muitas mensagens das quais faço a seguinte interpretação:

      Alagados é o nome de uma favela de Salvador, Favela da Maré, do Rio de Janeiro, e Trenchtown, da Jamaica, onde viveram músicos famosos de reggae, como Bob Marley, Bunny Wailer e Peter Tosh, que formavam inicialmente a banda The Wailers. O próprio Bob, cita a terra natal na sua mais famosa música, No Woman no Cry (“I remember when we used to sit / In the government yard in Trenchtown“).

      O objetivo é fazer uma comparação entre a vida nessas três favelas e mostrar que, como diriam os cumpadres Titãs “…miséria é miséria em qualquer canto, riquezas são diferentes…”

      Que a esperança de dias melhores não chega e a mídia em nada contribui para conter essa situação.

      Ainda assim a população consegue sorrir e mesmo sem ter o que comer e onde morar, ser feliz, vivendo pela fé de um dia tudo mudar, sem ao menos imaginar se, quando e como isso será possível)

      O mais interessante e triste, é que o clipe foi feito nos anos 80, retratandos a imagem daquela época, mas pode ser totalmente adaptado aos dias atuais. Só tenho dúvidas quanto ao futuro, afinal do jeito que o mundo está, não me arrisco em afirmar se teremos um!

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      Voltei. Fique à vontade de voltar aqui no Pô, meu! e comentar sempre que quiser.

      Abraços e sucesso,
      Nelson

  • Roberta Galdino disse:

    Olá Nelson, boa tarde!

    Sou estudante de pedagogia e estou fazendo um trabalho sobre a obra de Aluisio Azevedo: O Cortiço, procurava uma musica que pudesse fazer um aporte ao contexto da obra naturalista e encontrei em Alagados tudo o que precisava. No entanto se me permite gostaria de corrigir uma frase que grafada erroneamente nos dá margem para uma interpretaçao diferente:

    “A esperança, não vem do mar
    NEM das antenas de TV”

    Gostaria ainda de compartilhar o meu entendimento aqui no seu espaço… Obrigado!

    Alagados – Paralamas do sucesso

    A letra da música “Alagados”, de autoria dos compositores, vocalista e baixista, respectivamente Hebert Vianna e Bi Ribeiro, interpretada pela banda brasileira Paralamas do sucesso, faz uma comparação de três favelas: Alagados na Bahia, Trenchtown na Jamaica e Favela da maré no Rio de Janeiro.
    Vários são os fatores entre essas três comunidades que se assemelham, não só os de aspectos físicos estruturais, já que nas três as habitações são lacustres construídas sobre palafitas*, mas também o fato de que mesmo sendo lugares onde quase não existem subsídios para o mínimo necessário a vida humana, são considerados ícones de alegria e festividade.
    A música explicita-nos os descompassos do cotidiano e os complicados anseios de quem não tem quase nenhuma estrutura para uma vida digna. Neste contexto social é possível percebermos vários tipos de personalidades. Entre as quais, pessoas cujos sonhos são indestrutíveis, alimentados por uma fé inabalável, algumas buscam de todas as formas um meio de melhorarem suas condições de vida, outras acreditam que sua condição é por vontade divina, e assim sendo alienados não há o que se fazer, existem ainda pessoas cujo sonho é estagnado por ideias fatalistas que dizem a realidade inexoravelmente nua e crua e assim vivem a espera do fim, além dos que se sentem injustiçados e, portanto causam injustiças, como forma de vingança e assim sucessivamente. É neste momento que nos é possível o aporte com a obra de Aluisio de Azevedo, O cortiço.
    Onde as personagens vivem “juntadas”, expressão que acabei de criar, pois é evidente que ninguém vive assim por opção e sim devido à necessidade ou a falta de condições para residirem em lugares onde exista privacidade e outros aspectos considerados mínimos necessários a vida humana, inclusive garantidos por lei. O que chama-nos a atenção nestas relações é a forma como cada qual conduz a sua sobrevivência, ou seja, existem pessoas que pensam a vida como uma competição, assim o mundo é dos espertos e cabe a ele providenciar seu espaço na seleção natural da vida, onde o que sobrevive é o melhor, não importando qual o caminho a percorrer. Existem ainda os que acreditam que sem caridade não existe boa ventura e assim repartem o mínimo que tem para si, com os outros.
    A música nos trás a luz as mazelas da sociedade capitalista em que vivemos, onde cada um está por conta própria e assim é administrada a estratificação da sociedade. Essa realidade é possível de percebermos quando em uma estrofe da música o autor faz menção à “cidade de braços abertos” que na verdade fecha os punhos para os desvalidos da sorte, ou seja, de braços abertos para uma parte da sociedade em detrimento dos que não podem pagar por um lugar ao sol.
    Enfim, esta musica deixa-nos uma reflexão, de que a esperança de dias melhores certamente não virá do mar em volta de suas habitações, sobre este respeito por meio de pesquisas é possível depreendermos que na região da maré em determinada época existia uma comunidade de pescadores, prática extinta a partir do momento que as habitações poluem as águas, assim podemos entender que a esperança de se manter não poderá ser da pesca, naquela região. Além de que com certeza as esperanças não virão das antenas de TV, pois embora este seja um meio de comunicação em massa super competente em disseminação, é utilizado muitas vezes para persuadir e alienar, em outras palavras manter a situação da forma como está.
    Assim pode-se depreender que a esperança de dias melhores, esta na persistência de toda humanidade e principalmente na força dos que sonham com um mundo onde a equidade, a benevolência, a educação para todos, façam parte dos instrumentos que nos guiarão para um futuro melhor.

    Roberta Galdino

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