Rutilismo? É prá comer? Pode.
- Por Nelson Correa
- 29 setembro, 2008
- 16 Comentários
Dizem que somos uma mutação genética surgida na África há 50 mil anos e, que migramos (imediatamente?) para o norte da Europa (como vim parar aqui?). No século XVI acreditava-se que a gordura de um dos nossos era essencial para a elaboração de poções. A Igreja Católica ou os artistas contratados por ela (o que importa?), representava a igualitária Eva e o criminoso Caim, como um de nós. A cultura germânica nos considera bruxos, e os egípcios achavam que dávamos azar e queimavam as mulheres do nosso grupo. Abelhas preferem nos ferroar do que picar as outras pessoas. Na Córsega, cospe-se no chão e vira-se para o outro lado ao passar por uma mulher do nosso grupo. Já na mitologia grega, nós nos transformamos em vampiros depois de mortos. Aqui no Brasil, chamam de rutilismo este fenômeno que nos cobre (literal e integralmente).
Somos menos de 4% em todo o mundo. A maioria está na Escócia (13%), mas na Irlanda somos 10%. E no Brasil? Talvez menos de 1% e, acredite, sofremos muito com isso. Se você ainda não percebeu, estou falando dos ruivos. Mas há pontos de vista contrários a esse turbilhão preconceituoso. Alguns de vocês, morenas e morenos, são atraídos para a cor vermelha, como um touro espanhol é atraído fixa e implacavelmente.
A atriz Lucille Ball profetizou (ou praguejou?): “Uma vez em sua vida, cada homem tem direito a ficar loucamente apaixonado por uma ruiva linda.” É claro que as mulheres em geral também têm esse direito com ruivos. Foi comprovado cientificamente que a cor vermelha melhora o metabolismo e aumenta a freqüência cardíaca e respiratória de quem a olha. Paralelo à ciência, fala-se que estar com um(a) ruivo(a) fisicamente, multiplica-se as características citadas anteriormente. Pergunte a quem já experimentou. Os romanos vendiam os escravos ruivos e peludos por um preço bem acima da média do mercado (espertos os caras). Para onde e para quem vendiam os ursões dourados?
:-D
Por tudo isso, e, principalmente por conta do assédio psicológico que todos nós sofremos em nossas infâncias pelos inúmeros apelidos (ferrugem, enferrujado, foguinho, cenourinha, mostarda, arroto de crush, alemão, da Ghia, água de salsicha, fanta laranja, etc), que estou aderindo ao Movimento Vermelho. Nós, os excluídos sem direito à cotas, daremos o primeiro grito de protesto no dia 4 de outubro, sábado que vem, às 16h, no Espírito do Chopp, na Cobal do Humaitá (Rio de Janeiro).
Junte-se a nós, no mínimo vai ser engraçado aquele monte de gente diferente junta. Se você quer dar seu apoio ao Movimento Vermelho, deixe um comentário e concorra a dois ingressos para a peça “Os Excluídos“, que estréia no dia 30 de Outubro, no Espaço Sérgio Porto (Rio de Janeiro). Aproveite os(as) ruivos(as) enquanto há tempo, pois podemos voltar em breve para nosso planeta.
;-)
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Eu quero um ingresso, cabeça de fósforo. :)
Comentário do Pô, meu!
Isso é BULLYING!!!!
Mas se ninguém mais do Rio comentar para concorrer aos ingressos, você tem muita chance de ganhar. Mas não sei se te entregarei o prêmio.
:-P
Beijo,
Nelson
Hahahahah!
Ri muito com esse post. É um preconceito absurdo mesmo. Hahaha!
O maior injustiçado dos ruivos acho que é o David Caruso, um excelente ator, mas que nunca deram o real valor.
Não sabia que a Escócia era a terra dos ruivos, é um lugar que ainda ei de conhecer.
Perdeu a corrida, foi incrível!
Comentário do Pô, meu!
Rapaz,
Que bom que você riu. Mas eu não sabia quem era David Caruso. Seu menino, ele é um dos atores do CSI Miami. Olha a foto dele aí em baixo para quem não conhece.
Eu também não conheço a Escócia e nem a Irlanda e tenho uma vontade louca de conhecer. Acho que vou me sentir em casa. :-D
Não vi a corrida mas vi um vídeo dela ontem e gostei da determinação do Hamilton na ultrapassagem sobre o Coultard e depois sua calma em não arriscar e chegar em terceiro abrindo 7 pontos de vantagem.
Abração,
Nelson
sério, a escócia é de longe o país mais lindo q ja fui, as highlands, Edimburgh, os lagos negros q eles tem la, os jardins, as mulheres (obviamente hehe) mew é simplesmente de perder o folego, e ninguem acreditava q eu era Brasileiro por causa do meu cabelo vermelho e do meu sotaque, achavam q eu era Russo aheuhauehuaeh. Recomendo a todos q queiram ir pra europa um dia não deixem de visitar a escócia, deve ser mais linda ainda no inverno.
Nelson,ainda nao me apaixonei por nenhum ruivo e nem sabia que a Escocia era a terra de voces!sera que tem muitos solteiros la?Sou uma morena que como sua esposa ,acha ruivos bonitos ,nerds ou nao,todo meu apoio ao movimento,so nao compareço porque estou em sp.abs
Comentário do Pô, meu!
Oi Nine,
Vou te confessar uma coisa, eu não sinto nenhuma ponta de atração por ruivas e acho um favor quem se sente atraída por ruivos. Mas enfim, se uma criança ruiva crescer sem revoltas e ressentimentos pelos apelidos e pela exclusão, ela será um adulto gente boa. Uns querem aparecer mais do que já aparecem, e se metem a escrever blogs, fazer TV e cinema, etc, etc…
:-)
Abraços,
Nelson
Brother, adorei seu post! De tudo o que li, acho que o pior era ser “a diferente” em qualquer lugar. Por quê ter nascido ruiva enquanto todas/os eram morenos, louros, castanhos? Entretanto, tenho que concordar que hoje, ser ruiva é muito bom… ;-) Que seja então! Vamos ao grande (?) encontro dos ruivos no Espírito do Chopp no sábado!!!!!!! Kisses brother, see you there!!!
Comentário do Pô, meu!
Tá vendo?
Pensava que era só exclusão?
Não!
Vai ter chopp também!!!
:-D
Beijos,
Nelson
Meeeeeeuuuuuuuuu!
Quero movimento vermelho em SP também!
Beijinhos ruivos nos ruivos
Comentário do Pô, meu!
Oi Monika,
Tenho certeza que o pessoal aí de Sampa vai abrir um espaço para o Movimento Vermelho. Mas não vai nem chegar aos pés da Parada Gay, pois somos em número insignificante. :-D
Beijos ruivos procê também,
Nelson
Æfinalmente lembram da gente..Não sei se cheguei a sofrer preconceito propriamente dito por ser ruiva.. mas até hj quem estudou comigo quando me vê me chama de Grampola ( uma ruiva de uma novela aí)
tentarei aparecer por lá ;)
Comentário do Pô, meu!
Olá Juliana,
Ãâ€, e você acha que a gente passa por aí despercebidos? Claro que não. :-)
Procurei no Google e achei que a atriz que fez a Grampola na novela A Indomada. Ela chama-se Karla Muga e, me parece que também fez alguma Malhação. Ela realmente é ruiva e pode ser vista aqui no site da Globo.
Mas que vai ser estranho um monte de ruivos juntos, ah isso vai.
Obrigado pela visita e comentário.
Abraços ruivos,
Nelson
[Comentário removido por não respeitar netiqueta, estava todo em caixa alta, o que representa que o autor estava gritando. Desnecessário neste espaço.]
Bah, me passaram esse blog aqui!
Nunca sofri preconceito, alias, alguns apelidinhos sim… mas sempre tirei d letra.
Sou de Porto alegre, mas se tivesse ae iria certo.
Abração e bom evento!
Comentário do Pô, meu!
Bah Gabi,
Na verdade o nosso grande sofrimento são só os apelidinhos. Mas tu sabes que isso acaba nos forjando com mais jogo de cintura para a idade adulta. ;-)
Que pena que estás tão longe e não podes vir à festa vermelha.
Beijos para as gurias ruivas daí.
Nelson
Aloha Nelson!
Alguém deveria realmente rever este conceito de cotas para minorias!
Desde quando negro é minoria no Brasil?!!? :)
Infelizmente vou perder esta oportunidade, acho que vai ser uma imagem beminteressante tantos “pelos vermelhos” juntos…
Claro, ruivas realmente são um espetáculo à parte, talvez por isso o vermelho seja uma cor “quente”…
Divirta-se e
Aloha!
Comentário do Pô, meu!
Aloha Luis!
Nós ruivos é que somos minoria. Mas essa coisa de cota ainda não foi totalmente aprovada pelo Movimento Vermelho. Tem uma corrente que ao invés de ficar gerando injustiças com pedido de cotas, deve pedir uma passagem de volta para a Escócia ou Irlanda.
:-D
Abraços e sucesso,
Nelson
P.S. Só aqui entre nós, prefiro a morena. ;-)
Adorei!!
Tive muitos apelidos desse tipo na época do primário… Acho que todo ruivo se lembra com uma pontinha de raiva daquele quadro do Chico Anysio da Família Tintones. Bom, eu pelo menos, já que sempre cantavam a música dos Tintones pra mim. hehe
Estarei lá amanhã com toda certeza! Isso vai ser muito engraçado! E fico esperando ansiosamente pela peça!
Beijos ruivos!
Beatriz
Comentário do Pô, meu!
Oi Beatriz!
O problema da família Tones do Chico Anísio era que a gente (ruivos) sempre foi a única pessoa da sala (classe em paulistês) passível de ser sacaneada. E tome sacanagem. Se o Tim Tones e sua família fossem morenos ou negros, ninguém seria sacaneado. A lógica corre por aí.
;-)
Fico só imaginando um montão de ruivos juntos, realmente no mínimo será engraçado.
:-D
Beijos ruivos,
Nelson
Pena não pude ir.. tiraram fotos?
Comentário do Pô, meu!
Oi Juliana,
Olha lá no blog dos excluídos:
http://osexcluidos2008.blogspot.com/
Abraços,
Nelson
adorei aqui e vou deixar seu link exposto à visitação pública, lá no ***jabá*** do meu rebloggando. adorei seu texto.
não é propaganda, mas vc tá fazendo falta no http://dihitt.com.br … vai conhecer. digo isso como usuária feliz. bj.
Comentário do Pô, meu!
Oi Regina!
Que legal que você gostou. Tenha certeza que passearei por lá também.
Vou dar uma passadinha no dihitt também.
Volte sempre e fique à vontade.
Beijo,
Nelson
ótimo!!! beijo.
po eu como ruiva nata q o diga, quando tava no colégio la pelo ginazio os apelidos eram terriveis mais o q eu mais odiava era de pica pau e com batinha na mesa e tudo, mas agora vejo q somos seres mais q diferentes somos especies raros e isso é normal das pessoas fazerem com os outros é do ser humano eles apredejarem o desconhecido que o diga jesus cristo, mas cheguei até pintar meu cabelo quando tive oportunidade depois de mais velha agora com 22 eu adoro ser ruiva e até to quaze consiguindo voltar a cor do meu cabelo natural mas na t facil com tanta tintura mas é isso ai pessoal agora quem ta por cima da carne seca somos nós pelo menos aqui em sc é moda ser ruiva…. abraços a todos nossos decentes e chega de preconceito de pessoas ignorantes
[…] tenho um carinho gratuito pelo país. Talvez por estar lá uma das maiores populações de ruivos (rutilismo) do mundo (10% do país). Pode ser. Talvez por já ter sido confundido muitas vezes como sendo […]